Líquido Penetrante em baixas temperaturas

Nas noites frias de inverno, em que ocorrem temperaturas abaixo de 10°C, os inspetores da Poliend que trabalham em horários noturnos enfrentam uma situação adversa para a realização dos ensaios de Líquido Penetrante: as baixas temperaturas impossibilitam a sua realização, devido a mudanças no comportamento dos produtos químicos utilizados no ensaio.

Os procedimentos de ensaio de Líquido Penetrante em geral preveem uma faixa entre 10° e 52°C para a execução do ensaio sem grandes alterações no resultado, porém abaixo de 10° e acima de 52°C os produtos penetrantes e reveladores passam a ter o seu comportamento alterado, não sendo mais possível garantir a qualidade dos resultados da inspeção.

Uma alternativa para realizar este tipo de ensaio é aquecer a superfície da peça a ser inspecionada, para que ela atinja a temperatura mínima prevista no procedimento aplicado durante a inspeção, sendo que esta solução é recomendada e mais usual em superfícies pontuais, juntas soldadas isoladas ou peças de pequeno porte.

Com o aquecimento, a umidade contida no interior das soldas é eliminada na forma de vapor. Nas peças de aço carbono, é necessário escovar a superfície novamente para eliminar a oxidação ocasionada com a evaporação da umidade. Para juntas soldadas em material com baixo teor de carbono e elevado teor de cromo e níquel, como os aços inoxidáveis, esta oxidação não ocorre quando aquecida a superfície.

Devido à infraestrutura oferecida para realização do ensaio de LP, com um operador aquecendo a superfície de inspeção com um maçarico em movimentos circulares, os inspetores da Poliend puderam executar a inspeção em uma peça de grande porte de aço inoxidável com temperatura ambiente abaixo de 10°C. A inspeção foi realizada em uma junta soldada por vez, respeitando as condições mínimas de temperatura e o tempo necessário para cada etapa da inspeção, conforme definido pelo procedimento aplicado.

A Poliend parabeniza os inspetores pela iniciativa de buscar uma solução para trabalhar com o ensaio de LP dentro das definições do procedimento, reconhecendo a proatividade e experiência destes profissionais nas atividades de inspeção.

Como neste exemplo, a Poliend está à disposição para atender às necessidades dos clientes e ultrapassar as condições desfavoráveis para a realização dos ensaios, estudando novas possibilidades e alternativas para a execução das inspeções com o máximo de qualidade garantida.

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Vista geral da peça.

Içamento da peça que permite a sua movimentação, facilitando a execução do ensaio.

Temperatura inicial (8.6º) da superfície da solda a ser inspecionada, abaixo do especificado no procedimento.

Aquecimento da solda, realizado com maçarico, com a chama distante da solda e em movimentos circulares, até que a temperatura esteja dentro da faixa permitida pelo procedimento.

Temperatura após o aquecimento da superfície da peça (27.7º), permitindo a execução do ensaio de Líquido Penetrante.

Informações fornecidas pelos inspetores Valdinei Ribeiro e Eduardo Ribeiro.