Tipos de Partículas Magnéticas

O ensaio de Partículas Magnéticas é realizado através da magnetização de peças ferromagnéticas e a pulverização de pequenas partículas de pó ferromagnético nestas peças magnetizadas. Neste ensaio, onde existir uma descontinuidade superficial ou subsuperficial, acontecerá um desvio do campo magnético e, consequentemente, um acúmulo das partículas neste local, indicando uma possível falha no material.

Para tanto, existem diversos tipos de partículas magnéticas que podem ser utilizadas, que variam de acordo com diversos fatores, tais como:

– A sensibilidade exigida para cada tipo de material ensaiado;

– O acabamento da peça inspecionada;

– O veículo adequado para a inspeção;

– O nível de iluminação presente no momento do ensaio.

É possível identificar basicamente 3 tipos de partículas magnéticas: Via Seca Colorida, Via Úmida Colorida e Via Úmida Fluorescente. Podem existir variações de cores e formas de preparação da partícula, pois alguns fornecedores oferecem opções de cores e também a mistura concentrada já preparada, somente para diluir em água, mas basicamente estes 3 tipos podem ser caracterizados:

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Via Seca Colorida: Esta partícula é mais sensível para a detecção de descontinuidades subsuperficiais, e é aplicada através de um borrifador que asperge as partículas pelo ar em direção à peça magnetizada.

Via Úmida Colorida: Esta partícula é mais sensível para a detecção de descontinuidades muito pequenas, como as trincas de fadiga, pois possuem granulometria menor do que as partículas de via seca. A utilização da partícula colorida exige a aplicação de um contraste branco sobre a peça, para que as descontinuidades sejam identificadas mais facilmente. Pode ser preparada em água, querosene ou óleo leve, e é aplicada através de um borrifador com aspersão do líquido preparado.

Via Úmida Fluorescente: Esta partícula possui as mesmas características de aplicação da Via Úmida Colorida, porém sua pigmentação fluorescente junto à luz negra torna o contraste mais visível para a identificação das descontinuidades, tornando o ensaio mais sensível. Com o uso das partículas fluorescentes, não é necessária a aplicação do contraste.

Fonte: “Partículas Magnéticas”, de Joaquim José Moreira dos Santos. Abendi, 2008.

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